Nesse domingo de 26 de novembro de 2017 aconteceu a oitava edição do anual Raduno da Primavera, o giro dois-tempista pela Baixada Santista. Nesse ano o evento teve a participação de 38 motonetas. Contaremos um pouco dessa história a fins de registro.
Na ponta do comboio Peixinho e Koré revezavam a liderança, enquanto na rabeta Chico empurrava o grupo como um rodo. Passei à condição de curinga, puxando os lentos, acalmando os afoitados. Viola deixou o grupo ainda na região do ABC, enquanto por lá Everton Mendes e na sequência Marcelo nos aguardavam à beira-pista. Passando o pedágio a gravidade fez sua parte e puxou as motos Imigrantes abaixo. Nos túneis os aceleros das motos e a puta sirene chata do Caco dava à escuridão a ambiência tensa, quebrada lá embaixo pelo visual da mata sob as pontes. Mais uma descida de grande êxito. Em ritmo de aventura chegávamos à zona portuária de Santos, onde o cheiro do óleo queimado com a maresia, o mormaço e o aroma de peixe estocado assinavam o evento como manda a tradição. De olhos fechados você sabe onde está e com quem. Em parcos minutos chegávamos à vila mais famosa, a Vila Belmiro, palco e patrimônio de máximas que o futebol mundial proporcionou. Foi uma volta rápida no entorno do estádio e já ancoramos o enxame no Cemitério Vertical Necrópole Ecumênica, há algumas quadras dalí, aonde passaríamos uma hora de desfrute. Por lá alguns scooteristas da região nos esperavam, e conforme lembrança são eles: Elídio e sua M4 "200cc", Parreira "Polenta" numa cinquentinha 2T, o João do lambretão, o Elídio na mesma espécie dois-tempista. E o também praiano, mas de mais longe, o Túlio Parodi em sua PX, vindo por chão de São Sebastião.
Ás 16h começamos a puxar a volta, com despedidas a quem fica, e nova meta a quem volta. O retorno é sempre mais difícil, arrastado, e a grande soma de complicações que um evento dessa categoria apresenta é quase sempre na volta. Peixinho nos guiou então até um posto de combustível e na sequência até a saída da cidade, de onde reorganizamos o comboio para a subida da Serra. Nem sete quilômetros se passaram e, ainda na região de Cubatão, a PX do Everton desligou em alto giro. Estávamos em um pouco mais de uma dúzia de motonetas nesse momento. Encostamos todos para diagnosticar o caso, que era dos graves e irremediáveis: pistão furado. Foi aqui que os carros protagonizam a salvação da moto, o utilitário do Reginaldo e Rose, e o fuscão da Vanessa. A Polícia Rodoviária parou para checar o motivo da aglomeração, dizendo estarmos em lugar perigoso. Coisa rápida, e em questão de dez minutos estávamos na pista novamente. Na altura dos túneis o trânsito apertou, os carros andavam na lentidão dos 20km/h, e a partir daí tomaríamos os corredores e abriríamos mão da formação de comboio em prol do tempo. Pela região do Rodoanel e do ABC alguns foram se despedindo, ao ponto em que chegamos em São Paulo parcos pingados e preocupados, às 18h. Pelo Whatsapp um a um foi confirmando chegada segura, e então demos por encerrado e com sucesso o VIII Raduno da Primavera.
Só quem vive sabe o gosto que tem fazer esse evento. Portanto, parabéns aos raduneiros de 2017. E encerramos o ano rodoviário da SP com nota azul. O próximo encontro é o da Free Willy na Z/L de São Paulo dia 03 de dezembro, e mais uma festa na Sede. Então preparem-se para celebrar do jeito que o povo gosta!
*Postagem sujeita à alteração e acréscimo de fotos nessa semana.
*Postagem sujeita à alteração e acréscimo de fotos nessa semana.
Relato, vídeo e foto 1 por Fidelis.
Foto 2 e 3 por Caco Parise.