DIDIER é natural de Saint-Émilion, sul da França. Há sete anos vive na Tailândia, aonde deixou uma namorada e uma conta-corrente aberta. Nesses seus 52 anos de vida já visitou mais de 100 países e 300 ilhas. É fluente no inglês e no alemão também. Muitos foram os seus feitos de cidadão do mundo - aliás ele renega suas tradições e se caga pro orgulho francês -, entre eles, realizou na década passada uma viagem de Tuk Tuk da Tailândia até a França. Sua nova aventura agora é revisitar o mundo numa Star4 da LML, a motoneta plagiada do chassis da Vespa PX. (Outrora a Piaggio levou a produção da PX para a LML da Índia, de onde saíram com a alcunha de Originale 150. Passado o contrato, a empresa indiana trocou o nome da moto mas manteve a produção, produzindo a 2T e a 4T. É treta!!). Didier passou 9 dias conosco, e viveu o lado A e o B da nossa cena, feitos que não experimentado nessa completude. O que eu posso contar para vocês segue abaixo...
24 de Janeiro - Sem GPS ou celular chegou na Scooteria Paulista sozinho na véspera do VI São Anivespaulo, numa sexta-feira de tempestade, em plena hora do rush. Uma bússola. Apesar do meu parco inglês, nos viramos virando copos aqui na esquina com o Alan Lamounier e com a Debbie Cassano.
25 de Janeiro - Um dia e tanto: São Anivespaulo #6. Participou do maior encontro de motonetas da sua vida e conheceu a maior parte da SP. Com Much/Juli, China/Leika, Afonso, e Luciana, fugiu pela calçada do quebra-quebra dos Black Blocks na Rua Augusta, e brindou conosco na Praça Roosevelt e na discotecagem do China até a madrugada.
26 de Janeiro - O compromisso do dia era entregar uma Vespa PX na casa do mais novo vespista da cidade, o Alan. Passamos na Scooterboys e seguimos com o China e Leika para o bairro Sumaré, ia rolar um churrasco de batismo vespístico, com o Delacorte e a turma do pedaço chegando.
27 de Janeiro - Didier precisava de reparos na motoneta. Eu também. Passamos a tarde na Free Willy, na companhia do Reginaldo, Rose, Diogo e Anderson, além dos clientes curiosos com a façanha. A noite fechou nas geladas com o Stofaleti na Mooca.
28 de Janeiro - Cedo partimos para Santos. Uma viagem sempre recomendável. Passamos algumas horas no Empório Motoneta, no Canal 1, aonde Didier foi entrevistado pelo jornal A Tribuna. Depois de um prazeroso fim de tarde na Praia do Tombo (Guarujá), e uma bela pizza no Empório, subimos a Serra na brisa da noite.
29 de Janeiro - A rosca dos parafusos do escapamento havia espanado na volta da viagem de Santos. Tínhamos que resolver isso com urgência. Levei-o na Global Scooters, aonde encontramos a a vespista Ane fechando os últimos assuntos da Coot, que está de partida para Portugal. Infelizmente os parceiros globais não poderiam ajudar o Didier naqueles dias. Jefferson nos encaminhou então à Motorino, concessionária especializada no produto, que se comprometeria a ajudar no dia seguinte. Às 15h partimos então para Taboão da Serra, aonde a jornalista, professora, competidora e ex-atriz Suzane Carvalho faria com ele uma longa entrevista para a Moto Adventure e outra do nordeste. Na volta passamos na Free Willy, aonde o sempre-alerta Reginaldo re-inventou a rosca do cilindro e resolveu de vez o problema da motoneta.
30 de Janeiro - O compromisso vespertino era meu: entregar documentos. No meio do trampo todo conhecemos um lambrettista com sua LI 1962 rodando forte pela Paulista no meio dos carros. Radar! Demos um rolê a pé no calçadão do Centro e no Pateo do Colegio antes do trampo e das aulas de pilotagem dois-tempista para o Alan. Na volta paramos na Porcheria, um bar extremamente palmeirense do vespista Tó. Depois de umas e outras fomos convidados a conhecer a Sede da Mancha Verde. Tudo isso na Lapa. E de lá partimos pro ensaio da escola de samba da Mancha. A noite na Rua Augusta foi ao estilo brasileiro. E pra fechar com chave de ouro o lado B da SP, Didier testemunhou meu acidente besta na curva da ponte sobre o Rio Tamanduateí, a metros da Radial Leste: chapei na mureta as 3 da manhã. Depois dessa, só uma breja pra passar a dor. Chegamos na Sede as 5h.
31 de Janeiro - Um dia de cama. Didier foi sozinho no pilot até a Fnac da Avenida Paulista. No fim de tarde preparei um Tereré e alongamos a prosa com a visita do Stofaleti. O francês passaria a noite trabalhando em seu site.
01 de Fevereiro - No início da tarde Didier conheceu o subúrbio da Z/L. Stofaleti nos levou até o ferro velho do (vespista, entre outras coisas) Tenente, para fazer algumas soldas na motoneta do viajante. Delacorte e Karla passaram por lá e seguimos, em quatro fumaçantes, para o projeto Rock Pra Rua, nas quebradas da Avenida Sapopemba. O evento acontecia no G.R.E.S.S. Combinado Sapopemba. E fechamos a noite na calçada da Sede tomando umas geladas.
02 de Fevereiro - As 10h da manhã partimos para a Estação da Luz, aonde acontecia mais uma exposição de veículos antigos. Encontramos por lá o Sr. Laercio Rodrigues com seu amigo lambrettista Luiz, também o Cabredo, Guilherme e Érico com suas motonetas. O viajante tirou a tarde para descanso e concentração: seu projeto envolve muitos contatos com pessoas, lojistas e empresas pelo caminho.
03 de Fevereiro - Às 8h da manhã, depois de um café reforçado na Sede, Didier partiu pra Curitiba.
Devo dizer esse cara é incomparável. Ninguém é, mas existem pessoas com qualidades raras, e assim rompem com o mundo, único lugar que Didier chamaria de casa. Essa foi a sua quinta vez no Brasil, a primeira conduzindo uma motoneta. Daqui seguirá para o Uruguai, depois Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia. Então voltará para a França para alguns meses de trabalho. Quem sabe nesse ano ainda nos vemos outra vez. Acompanhe e entre em contato com ele pelo seu Facebook. Saia do mundo da bolha e traduza esse tema que é legal: Et Moi Et Moi Et Moi - Jacques Dutronc
Fotos: Fidelis e Delacorte
Relato: Fidelis
2 comentários:
Conheci ele na estação da Luz no domingo. É um grande maluco isso sim hauahauhauauha.
PJ LAMMY
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