Então foi dada a largada: 27 voltas de braço e freio motor. Oito pilotos saíram do queimando borracha em busca da melhor posição para a primeira tangente à direita no fim da reta.
Kavera esticou, e o Flavio na sequência preservaria sua posição. Serginho Pasqualini surpreendeu a todos fazendo uma excelente largada com sua Lambretta Standard D, de 1958, subindo de quarto para terceiro lugar. Dário Gonzales patinou e perdeu duas posições com sua #13, cedendo seu posto ao Beto da #24, e caindo para quinto lugar, brigando na curva com Gustavo Delacorte na #74. Tatu e Rodrigo se mantiveram na retaguarda. A #88 de Carlos Murari não conseguiu entrar pra pista. Na hora "h" ela o deixou na mão. Daí em diante, só estando lá dentro mesmo para admirar o espetáculo. O pega esquentou, muitas latas rasparam o asfalto nas curvas e a disputa pelas primeiras posições foi ficando emocionante conforme a confiança dos competidores aumentava; tudo dentro do espírito esportivo e do bom senso. As faíscas no asfalto eram meio lúdicas naquela noite.
Enquanto o pega acontecia, o Ricardo Moreira (que havia subido de Campinas com sua Vespa PX200 para prestigiar o evento) me ajudava com a minha #55 quebrada. Ele tentou de tudo, tinha lá um cabo de embreagem, mas não era o caso. Sem chances. Do meio da pista, assisti aquele espetáculo ao lado do veterano Carlos Murari, que com o sorriso na orelha me contava um pouco das corridas que vivera entre cidades nos anos 60. Nos boxes, Leo Carradori se empenhou a maior parte do tempo para acertar o ponto do carburador, mas sua racer #56 não dava sinal de vida. E o pega seguia!! A disputa pelas primeiras posições era acirrada, sobretudo a que envolveu os corredores Flavio, Delacorte e Dário Gonzales. Na reta da largada levantei a placa anunciando as últimas dez voltas da corrida. Foi mais ou menos aí que Flavio viveu seu pior momento na noite. Num erro de manobra seu motor encostou no chão (ou na zebra) e o desequilibrou. Flavio corrigiu a manobra usando o pé, o freio e abrindo o traçado para "parte fria" da pista, caindo de segundo para quarto lugar, tendo a partir daí nenhuma chance individual de recuperação.
![]() |
Enquanto o pega acontecia, o Ricardo Moreira (que havia subido de Campinas com sua Vespa PX200 para prestigiar o evento) me ajudava com a minha #55 quebrada. Ele tentou de tudo, tinha lá um cabo de embreagem, mas não era o caso. Sem chances. Do meio da pista, assisti aquele espetáculo ao lado do veterano Carlos Murari, que com o sorriso na orelha me contava um pouco das corridas que vivera entre cidades nos anos 60. Nos boxes, Leo Carradori se empenhou a maior parte do tempo para acertar o ponto do carburador, mas sua racer #56 não dava sinal de vida. E o pega seguia!! A disputa pelas primeiras posições era acirrada, sobretudo a que envolveu os corredores Flavio, Delacorte e Dário Gonzales. Na reta da largada levantei a placa anunciando as últimas dez voltas da corrida. Foi mais ou menos aí que Flavio viveu seu pior momento na noite. Num erro de manobra seu motor encostou no chão (ou na zebra) e o desequilibrou. Flavio corrigiu a manobra usando o pé, o freio e abrindo o traçado para "parte fria" da pista, caindo de segundo para quarto lugar, tendo a partir daí nenhuma chance individual de recuperação.
![]() |
Kavera dando uma volta nos retardatários Serginho e Tatu |
1. Gustavo Kavera - n.66
2. Gustavo Delacorte - n.74
3. Dário Gonzales - n.13
4. Flavio Barbie - n.88
4. Flavio Barbie - n.88
5. Beto Mathias - n.24
6. Tatu Albertini - n.01
Não completaram a corrida:
-Serginho Pasqualini - n.57
-Rodrigo de Agostino - n.69
-Carlos Murari - n.88
"O foda foi minha filha no final da corrida chorando desesperadamente, desconçolada pois o pai dela ficou em último lugar... tá meio de mal de mim até hoje. O mais legal das fotos é ver o sorriso gigante no rosto de cada um." (Tatu Albertini, Lambretta #01).
"Obrigado mesmo pela organização do evento, eu que fico muito agradecido de poder participar desse evento e reanimar minha Lambretta depois de 4 anos esquecida em um canto, sem poder brincar com ninguém. Esse com certeza será só o começo de uma longa história que contaremos para nossos netos, que nem o Sr. Murari faz hoje. Temos também a certeza que tanto a minha Lambretta e a do Sr. Murari teve a mesma importância de todas as outras na corrida, pois todas são sobreviventes dessa época que a grande maioria daqui não participou." (Leo Carradori, Lambretta #56.
![]() |
Leo e sua 56 que quase re-estreiou na categoria |
"Hoje (01.Julho) um amigo meu me ligou falando que tinha lido a história da corrida no blog da Scooteria, que recebeu de um amigo... como curiosidade... muito legal. Pra mim a corrida foi emocionante, não sou de correr nas ruas, rodo de boa, mas na pista me subiu um negócio que é muito semelhante a andar de kart, sobe o sangue na cabeça por causa da adrenalina e você quer acelerar mais e mais... muito bom!!! A diferença do kart é que o kart qualquer um pilota, já a Vespa não é pra qualquer um, tem que ter a manha, senão é chão. Esse risco é o que faz ficar mais emocionante... Adorei a iniciativa, brincadeira muito boa, aconselho!" (Gustavo Kavera, Vespa #66).
"Minha família e eu fomos para um evento desconhecido... “corrida de lambretas?!?!”. Para uma agradável surpresa um evento ímpar, com famílias, motonetas, companheirismo e um gosto em comum. Finalizando, ganharam um adepto, e bem provável, um futuro “dono de lambreta!”. (Tuco Morelli, visitante de Cosmópolis, e que documentou o evento em vídeos).
![]() |
Vitória de Gustavo Kavera e sua n.66 |
"Confesso que estou feliz, porque deu tudo certo (sob a batuta do Tatu) que sozinho agilizou tudo. O que você (Gustavo) presenciou ontem é um sonho antigo meu, e que agora percebo que está se tornando realidade... e um sonho que está contaminando muito mais gente. Sozinho não se faz quase nada. Na proxima eu to lá." (Ronaldo Topete, idealizador).
![]() |
Rodrigo de Agostinho sua 69, atrás Kavera e Beto |
"É muito difícil descrever o que foi participar do Desafio de Motonetas, ainda mais ter estado na pista com o ilustra Carlos Murari, um das lendas das antigas corridas de Lambretta. Minha Vespa estava quebrada na data e só pude participar graças ao Tatu, que me emprestou a Vespa dele e foi pra pista com a sua Lambretta. Acho que fui o primeiro a entrar para os minutos de reconhecimento da pista, tamanha ansiedade, e em poucas voltas já estava conseguindo tirar o máximo da motoneta. A última curva e a primeira eram as melhores na minha opinião, pois na maioria das vezes eu as fazia com o cabo enrolado e inclinando a motoneta, o que é uma delícia. Já as curvas internas eram mais técnicas e a cada volta exigiam um traçado diferente, visando procurar um que comprometesse menos a velocidade. Na classificação não fui tão bem, acabei largando apenas no sexto lugar e isso tornou a brincadeira ainda mais gostosa, pois pude disputar posições várias vezes, inclusive com um toque com uma Lambretta Standard, do Sergio Pasqualini. Felizmente, tanto eu quanto o colega da Standard nada sofremos, e nem as motonetas. Já nas voltas finais, mais disputa com o Flavio Barbie e com o Dário Gonzales, com quem disputei a segunda posição por, no mímimo, umas três voltas. Foi uma troca de posições intensa a cada curva, mas no fim eu recebi a bandeira quadriculada em segundo. Para não me alongar demais, posso dizer que o primeiro Desafio de Motonetas foi uma das coisas mais legais que já participei até então, e mal posso esperar para participar das demais corridas e construir minha “corredeira”. Tomara que muito mais gente se anime e participe dessa brincadeira, porque é bom demais!" (Gustavo Delacorte, Vespa #74).
![]() |
Serginho e a 57 que surpreendeu a todos |
Todos os envolvidos fizeram desse Desafio uma vitória só, e assim o pódio ficou pequeno. Não havia troféus, não havia recursos, mas a boa vontade do organizador em trazer aos competidores alguns patches. E naquela alta noite deixamos a roça com o maior orgulho do mundo, pois sabíamos que agora não tinha mais volta. Parabéns ao Tatu Albertini pela atitude e esforço em iniciar essas atividades, e parabéns aos competidores, que encararam esse caminho duvidoso e abriram as portas de uma nova brincadeira, provando a todos que dentro do bom senso, e do respeito mútuo, é possível brincar de competir em alto giro sem comprometer nada nem ninguém. E que venha o próximo, com mais adeptos e visitantes, e que seja sempre assim, divertido e contagiante.
4 comentários:
FOTOS:
1 - Fidelis (máquina do Kavera)
2 - Karla Jales
3,5,6,7,8,9 - Alessandro Soave
4 - Adriana Frias
Quero mais!
Vídeo de Tuco Morelli
Que demais, parabéns pra campinas, paulinia, jundiai e são paulo, a união faz a força.
PJ Lammy
Postar um comentário