Sinto, ou tenho impressão, de que os encontros de motonetas clássicas estão ganhando ares cada vez mais nobres. Jack Cavalari (Vesparaná Clube) já citou algo parecido em referência aos encontros nacionais, dito no documento sobre o Sta.Catarina em Lambretta e Vespa 2012. Mas certamente não são os recursos ou expedições para o País de Gales que estão trazendo nobreza à classe. É o espírito de um tempo que está em processo, e nós que estamos a todo vapor. No último domingo tivemos mais um daqueles encontros inesquecíveis, e dessa vez foi na beira de um dos rios mais famosos do Brasil. Não é o de Janeiro, nem o Grande do Sul! Trata-se no nosso Rio de Piracicaba, que tem como porta-voz o finado e eterno violeiro paulista Tião Carreiro, que um dia cantou:
O Rio de Piracicaba
Vai jogar água pra fora
Quando chegar a água
Dos olhos de quem chora
Cezeta, da Tchecoslováquia para Piracicaba |
Em dez ou mais cidades o dia começava com os galos. E entre 7h e 8h da manhã praticamente todos já estavam com os motores babando óleo morno. Entre 10h e o meio-dia o encontro estava selado, pesado, expressivo, no Parque da Rua do Porto, sob um céu maravilhoso de um outono verde. Veteranos da cidade receberam com sorrisos e abraços os scooteristas das demais frentes, e a Rodovia Luiz de Queiróz se fez tapete nesse último domingo de 17 de Junho. Um dos veteranos de lá disse para outro: “olha aí que legal, tá vendo o que você fez?”. O outro era nada mais nada menos que o Sr.Jair, velho conhecido da cena antiga.
Comemos bons pratos (a maioria servidos com peixes do rio), proseamos o quanto pudemos nessas quatro ou cinco horas de concentração, e conhecemos mais entusiastas e longevos da classe. Saldo mais que positivo, do jeito que a gente gosta esse encontro aconteceu. Com seu toque bagunceiro clássico o Uitamar trouxe a premiada (do SP em 2T) Super “Super” 200, e agora outra curiosidade que também roubou a cena: um triciclo da Bajaj, produzido no Brasil pela Kasinski, de motor 4 Tempos, com rodas de aro 8, estilo Ape, Vespacar. O detalhe disso foi que ele retirou o baú da carroceria, e forrou de adesivos aquele amarelo brasileiro. Já a Bajaj, ela é uma indústria indiana que produz motonetas desde os anos 70, sempre fazendo referência (ou copiando na cara dura mesmo) as Vespas da italiana indústria Piaggio. Há muitas scooters Bajaj’s de motor 2 Tempos no Brasil, e elas foram trazidas durante os anos 90. Todavia nesse caso do triciclo de 4 Tempos, a Bajaj acertou a mão em modernizar o seu modelo sem perder a ternura do clássico. Lá em Piracicaba, para alguns ela foi a marca maior do evento, para outros uma grande novidade, e para a criançada, um brinquedo de verdade. E enquanto ela divertia muita gente, alguém ligava uma PX200 de lá, uma Standard D daqui, e uma Super “200” divertia os adultos que passavam por perto.
Era uma extensão linda de se admirar, aquelas dezenas de motonetas emparelhadas em cima do gramado, e na ponta dessa falange uma rara Cezeta, com aquele canhão de luz no para-lamas mais parecia um foguete apontando para a rua. É o xodó do Sr.Jair, que havia saído do hospital direto para esse evento. Já a motoneta tinha sido trazida pelo outro veterano local, o Sr.Ivan, que a conduzia pela cidade na média esfumaçante dos 50 km/h.
Comemos bons pratos (a maioria servidos com peixes do rio), proseamos o quanto pudemos nessas quatro ou cinco horas de concentração, e conhecemos mais entusiastas e longevos da classe. Saldo mais que positivo, do jeito que a gente gosta esse encontro aconteceu. Com seu toque bagunceiro clássico o Uitamar trouxe a premiada (do SP em 2T) Super “Super” 200, e agora outra curiosidade que também roubou a cena: um triciclo da Bajaj, produzido no Brasil pela Kasinski, de motor 4 Tempos, com rodas de aro 8, estilo Ape, Vespacar. O detalhe disso foi que ele retirou o baú da carroceria, e forrou de adesivos aquele amarelo brasileiro. Já a Bajaj, ela é uma indústria indiana que produz motonetas desde os anos 70, sempre fazendo referência (ou copiando na cara dura mesmo) as Vespas da italiana indústria Piaggio. Há muitas scooters Bajaj’s de motor 2 Tempos no Brasil, e elas foram trazidas durante os anos 90. Todavia nesse caso do triciclo de 4 Tempos, a Bajaj acertou a mão em modernizar o seu modelo sem perder a ternura do clássico. Lá em Piracicaba, para alguns ela foi a marca maior do evento, para outros uma grande novidade, e para a criançada, um brinquedo de verdade. E enquanto ela divertia muita gente, alguém ligava uma PX200 de lá, uma Standard D daqui, e uma Super “200” divertia os adultos que passavam por perto.
Era uma extensão linda de se admirar, aquelas dezenas de motonetas emparelhadas em cima do gramado, e na ponta dessa falange uma rara Cezeta, com aquele canhão de luz no para-lamas mais parecia um foguete apontando para a rua. É o xodó do Sr.Jair, que havia saído do hospital direto para esse evento. Já a motoneta tinha sido trazida pelo outro veterano local, o Sr.Ivan, que a conduzia pela cidade na média esfumaçante dos 50 km/h.

Fiquei lá por três horas, o que foi pouco tempo para conhecer de fato a todos os presentes no evento, alguns biografados pelo próprio organizador Tatu Albertini, e com fidelidade aos méritos que esses caras há anos mereciam. E é isso o que a Scooteria Paulista preza: a sua biografia em scooter clássica. Atitude é tudo, sem ela você é só mais um ser humano que nasce, cresce, prospera (ou não) e morre. Passado o evento todos chegaram bem em suas casas, motonetas e proprietários. Gratidões ao Tatu Albertini / Motonetas Clássicas Campinas pelo empenho na organização de um encontro maravilhoso para uma cidade que a sei lá quantos anos merecia.
3 comentários:
Parabéns a todos que estavam pesentes, foi um domingo especial mesmo!
FOTOS:
1- Gisele Leiva
2- Marcio Fidelis
3,4,6- Aurélio Martimbianco
5- André L.Hornhardt
Esse foi chique no úrtimo então. uma cezetta tchecka e um vespacar indiano em piracicaba??? chique no úrtimo. parabéns pra essa parceria motonetas classicas campinas e scooteria. a união faz a força vespeiros!!!
PJ Lammy
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